Exercício físico sem top adequado
pode causar flacidez nos seios
O
motivo
de grande preocupação por parte das mulheres e fanáticos por seios é a saúde e
beleza das mamas e como eles se comportam durante a corrida são assuntos muito
recorrentes. Para início de conversa, entender como é a estrutura da mama
facilitará a compreensão, sendo assim postado “ESTRUTURA DA MAMA” para maior compreensão do artigo.
As mamas são
glândulas de forma semiesférica ou cônica, de tamanho e consistência variáveis,
fora excitação sexual a sua principal função é a produção de leite materno,
quando na condição de maternidade. As mamas se encontram sobrepostas aos
músculos peitorais, sustentadas pela estrutura das costelas, através de
ligamentos e músculos. A estrutura das mamas é dividida em dois componentes
funcionais: o epitelial e o estrutural.
O componente epitelial é formado por 15 a 25
lóbulos, terminados em pequenos bulbos produtores de leite, que por sua vez
estão conectados a uma rede de dutos “seios lactíferos” que direcionam o leite
para o bico externo das mamas.
O componente estrutural é formado, basicamente, por
tecido gorduroso. Não há músculos na mama em si, mas muitos localizados atrás e
abaixo da maa, que trabalham em conjunto com o ligamento de Cooper, agindo como
um sutiã natural, sustentando o seu peso natural.
A hereditariedade é um potencial determinante do
tamanho dos seios de uma mulher porem outros fatores podem influenciar em seu
tamanho e formato, tais como medicação, gravidez, menstruação, menopausa e até
trauma e câncer.
A corrida pode forçar em demasia os ligamentos dos
seios, por causa da dinâmica do próprio esporte. O "desenho" do deslocamento dos seios aproxima-se ao
formato de uma borboleta ou de um número oito. "Eles se movem
independentemente do corpo durante a corrida, sendo que 50% do movimento ocorre
na direção vertical que no meu ponto de vista é uma bela visão de se ver, rs
25% para frente e para trás e de 25% no sentido lateral", a cada transição
de passada.
As
conclusões foram encontradas pelo Grupo de Pesquisa da Saúde da Mama da
Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, que, desde 2005, analisa em
laboratório as mulheres com seios de diferentes tamanhos realizando exercícios
físicos e atividades cotidianas.
Em 2012, a equipe da Biomecânica Joanna Scurr, da Universidade de
Portsmouth, Inglaterra, constatou que a oscilação dos seios durante a corrida
poderia chegar até 21 centímetros, valendo para todos os tamanhos de seios.
Sutiãs comuns não são adequados para a prática da
corrida ou de qualquer outra modalidade esportiva, pois são desconfortáveis e
podem machucar. Os tops comuns, que possuem uma área maior de contato com os
seios, acumulam suor consequentemente cheiro e podem apresentar odor, as alças podem
apresentar incômodo. A opção que amplia as possibilidades de conforto, proteção
e sustentação são os tops de compressão. São usados como as outras opções
acima, porém evitam lesões, protegem contra cortes, assaduras e irritações na
pele. Possuem alças maiores e acomodam-se bem às costas.
Corroborando essa informação, a equipe de Joanna
Scurr descobriu que os efeitos da corrida podem ser minimizados em até 80% se
forem utilizados tops especiais para a prática da corrida minimizando os
efeitos indesejáveis na mama. Estudo científico que durou quatro anos, com o
protótipo ideal de top para corrida concluído em 2011.
A pesquisa envolveu mulheres corredoras assíduas de
assessorais esportivas de São Paulo, que não realizaram cirurgia plástica na
região dos seios. Num primeiro momento, através da pesquisa, concluíram que
conforto e sustentação eram quesitos mais importantes que design e beleza,
segundo o grupo em estudo. Ficou claro que o balanço das mamas, atrito, calor e
dor miofascial eram sensações incômodas e indesejáveis durante a corrida.
Na segunda parte do estudo foi analisado de forma
prática o uso de dois tipos de top:
O top sem ausência de suporte obteve pior
desempenho, pois não oferecia a sustentação do sutiã esportivo com
encapsulamento muito utilizado fora do Brasil.
O top esportivo de compressão obteve resultados
significativos e conforto os produtos esportivos com dimensões que acompanhem o
formato do corpo são fundamentais, embora o visual seja também importante.
Outro ponto
importante na estrutura do top ideal foi a presença de modelagem em forma de
“X” nas costas, pois observaram atenuação da dor miofascial por melhor
distribuição do peso das mamas e pressão nos ombros.
O estudo também sugeriu que tecidos ásperos,
grosseiros e pesados fossem evitados na produção dos tops para corrida, pois
geram desconforto térmico, dificultam a evaporação do suor, promovem
proliferação de bactérias e mau cheiro.
Na terceira e última etapa da pesquisa, com base
nos dados das duas fases anteriores, desenvolveram um top com as
características de top de compressão e sutiã esportivo. A comparação foi feita
entre o protótipo e o top sem sustentação. O estudo concluiu que o protótipo
reduziu a dor miofascial das costas e ombros por distribuir melhor a pressão,
devido às alças maiores e em forma de “X”. O tecido de poliamida permitiu maior troca de calor com o ambiente reduzindo o
desconforto térmico, nenhuma queixa foi apresentada de problemas dermatológicos
ou de atrito com os seios. Ainda constatou-se a redução de oscilação lateral
das mamas de 28% e vertical de 22% na prática da corrida.
O fortalecimento dos músculos peitorais também
favorece a sustentação dos seios. O exercício físico, de forma geral, é um
potencial aliado na prevenção do câncer de mama e além de fazer bem a saúde pode
deixar seus seios ainda mais lindos e deliciosos.
Por isso
mulheres não deixem de praticar esporte mais com acessórios corretos pois o balanço contribui para a flacidez das
mamas, os efeitos são sentidos a longo prazo. Com o impacto da corrida, se as
mamas não estão protegidas, as fibras de colágeno vão se estirar e se tornar
menos resistentes. Ao longo dos anos, isso pode fazer com que as mamas caiam. visualmente,
a primeira coisa que a mulher pode perceber são estrias.
Para
corredoras que possuam prótese de silicone nos seios, a orientação é checar com
o seu cirurgião plástico quais os cuidados devem ser tomados. É preciso verificar
com o médico se a prótese implantada suporta bem esse balanço.
Apesar
do efeito sobre as mamas, é incorreto dizer que a corrida causa flacidez em
outras partes do corpo que também estão sujeitas a balançar durante a atividade,
como a pele do rosto e os glúteos. Nessas regiões não se tem tecido com peso
necessário para causar estiramento das fibras e estas áreas do corpo tem muito mais
musculatura de sustentação.
Tathiana
Parmigiano, ginecologista especializada no atendimento de esportistas, alerta
que mulheres atletas que se alimentam mal e não se hidratam o suficiente podem
ter a firmeza da pele prejudicada como um todo.
Pode
haver uma queda nos níveis de estrogênio “hormônio feminino”, provocando uma
desidratação da pele a nível celular, o que leva a uma perda de elasticidade.
RISCO
DE LESÕES
Correr
com sustentação insuficiente nos seios eleva significativamente a força exigida
das pernas, aumentando o impacto contra o chão em até 27%, o que faz crescer o
risco de lesões.
Até
72% das mulheres, segundo estimativas do grupo, apresentam dor nos seios
durante a prática de exercícios sem top apropriado.
TOP DE COMPRESSÃO
Os
chamados tops de compressão prometem que as mamas balancem o mínimo possível
durante o exercício. O diferencial dessas peças, fabricadas por marcas de
artigos esportivos, é o tecido mais firme, que sustenta melhor as mamas.
Apesar de ter de ficar justo, o
top precisa, especialmente, ser confortável de vestir. Se ficar muito apertado,
pode causar dor, assaduras na pele e até limitar o movimento respiratório, indicado
que as corredoras tenham tops que se ajustem bem também no período menstrual,
quando os seios costumam ficar mais inchados e doloridos. O importante é se
sentir bem e manter seus seios bem confortáveis
e acomodados na hora de praticar esporte.